4. Estudo do Movimento

Nesta seção, inicia-se o estudo do movimento.
Inicialmente, responda se os seguintes corpos estão em movimento:

1. Olhe para um armário que esteja na sua sala. Este armário está em movimento ou está parado?
2. Olhe para um quadro que esteja fixo na parede. Este quadro: parado ou em movimento?
3. Observe um carro que passa na rua. Este carro está parado ou em movimento?
4. Observe um passageiro de um táxi que passa na rua. Ele está parado ou em movimento?
5. O planeta Terra, está parado ou em movimento?
6. E o Sol? E a Lua?

  Não se pode responder a essas perguntas com um simples sim, ou não. Para responder a estas questões, outra se faz necessária: "Em relação a que considera-se a existência do movimento?"
  Esta pergunta indica que só podemos afirmar que um objeto está parado ou em movimento se utilizamos outro objeto (essencialmente qualquer coisa) como referência.
  Se escolhemos como referência um prédio, podemos dizer que os outros prédios da rua estão parados, a sinaleira está parada, as árvores estão paradas. Um passarinho voando está em movimento, uma pessoa caminhando está em movimento, um táxi passando está em movimento, e também está em movimento o motorista, os passageiros e o banco do táxi.
    Se escolhemos um ônibus que viaja por uma rua como referencial, podemos afirmar que os prédios, as árvores e as ruas estão em movimento, mas os bancos do ônibus, o motorista, os passageiros sentados e o virabrequim estão parados.
    A animação abaixo mostra como podemos observar uma mesma cena a partir de diferentes referenciais.

   

    Assim, pode-se definir movimento como a mudança de posição de um corpo ao longo do tempo em relação a um referencial. Esta mudança de posição pode ser uma aproximação, um afastamento, ou uma curva em relação ao referencial.
     No dia-a-dia, é comum adotarmos a Terra como referencial, sem refletir sobre esta escolha. Assim, quando afirmamos que um objeto está em movimento, estamos nos referindo ao fato de que ele está em movimento em relação à Terra. Sempre que não estiver especificado, o próprio autor deste blog utilizará o planeta Terra como referencial . Assim ao ler a afirmação um carro viaja com velocidade de 80 km/h, está subentendido que ele viaja com esta velocidade em relação à superfície da Terra.
     Cabe perceber que não existem referenciais mais corretos do que outros. Qualquer referencial pode possibilitar uma descrição apropriada dos fenômenos observados; um tipo de referencial especial, chamado de referencial inercial será estudado em outros textos e será especialmente útil no estudo de fenômenos relacionados às leis de Newton.